O enguiço da pura vida e eu.
Começo a achar que sou eu. Sei lá, há tanta coisa inexplicável, pode dar-se até o caso. Depois de andar a servir de alvo aos carregadores de pranchas de esfero, desta feita elevei a fasquia. Vinha eu, na minha moenga, pacato condutor sem pressas, pela marginal fora. O mar, as praias e vistas, tudo induzia à calma. Ali por alturas de São Pedro do Estoril, no semáforo dos 70, aliviei o pedal para não fazer cair o vermelho. Uiiiiiiii Atrás de mim, uma carrinha branca, daquelas imponentes em altitude, juntou a isso a atitude, desata a amandar máximos como se o mundo fosse acabar. Lá acenei, apontando para o semáforo, que obviamente accionou e segui. Próximo semáforo a chegar a São João, o mesmo cenário. Era luzes que parecia já Natal. De seguida numa manobra à fangio, este condutor extremoso passa pela direita e enfia-se à frente do veículo que seguia à minha frente. Parece óbvio que eu ia extremamente agradado com tudo isto. As vicissitudes do trânsito fizeram com que a cena se